08 agosto 2008

TEU

Meu corpo é o depositário do teu amor
O invólucro do teu desejo, do teu querer
O abismo onde o teu gozo explode
em jatos fortes e quentes.
Meu corpo é o guardião da tua insanidade
A cura de todos os teus males
Meu corpo é um mergulho profundo
em águas densas e mornas
Meu corpo é um deslizar macio
onde se esconde tua fuga, teu mundo.
Meu corpo é a tua cama,
teu aconchego, teu tudo.
Brasa queimando em ardor.
Lava latejante de vulcão.
Meu corpo é o recipiente dos teus pecados
Meu corpo é teu. Por todos os lados.

Por Van Luchiari ©

10 comentários:

Carlos disse...

...Meu corpo é teu. Por todos s lados.

Nossa! Que furor! Pouquíssimas mulheres conseguem materializar pensamentos, sentimentos, da maneira que a senhorinha faz. você está cada vez D+!
Bjs

Ricardo Rayol disse...

Isso é um cu que merece ser degustado com vagar... deveriamos ter escrito meu ultimo post no memórias juntos.

Poisongirl disse...

Ai jesuis!
Essa poeia do teu corpo aqueceu o meu...

Victor Canti disse...

perfeita, suas palavras dão mais encanto ao encontro de corpos...
deixou-me com um desejo instantâneo, acompanhado ainda desta bela imagem...
beijos

Josadac Santos disse...

Também tomei um choque gostoso de sentimentos ao ler-te aqui nessa poesia fortíssima...rs Muito gostoso

Anônimo disse...

...alguém aí falou em um certo calor??
Calor que é sensorial, calor que faz transpirar até a alma...

Van...genial...

Anônimo disse...

Van,

simplesmente fantástico.
Fico com calor em todas as partes do meu corpo (literalmente).

beijos de teu fã!

Dan Vícola disse...

Van!
Que dom é esse de proporcionar gozos múltiplos através das palavras?
Assim como no ato real, concreto, suas palavras sabem se posicionar, sabem se encaixar no nosso entendimento e nos fazem gozar de maneira soberba...
A força e a fúria que exalam disso são delírio puro!
Felizes aqueles a quem suas palavras seduzem.

Beijo pra você!

iaiá disse...

meu corpo é teu..
por todos os lados
amei van
bj

Beto Palaio disse...

Vanzinha,
Veja este inacreditável poema do Manoel Bandeira (quem diria):


A CÓPULA

Depois de lhe beijar meticulosamente
O cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
O moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
Culhões e membro, um membro enorme e turgescente.

Ela toma-o na boca e morde-o, incontinenti
Não pode ele conter-se e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alterou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela azeita, ela sente.

Que vai morrer: "Eu morro! ai não queres que eu morra?!"
Grita para o rapaz, que aceso como um Diabo,
Arde em cio e tesão na amorosa gangorra.

E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra),
Lhe enfia cono a dentro o mangalho até o cabo.


Manuel Bandeira (1962)